Começa
hoje o inverno e assim se regista, em mais um solstício, o dia mais pequeno do
ano. Mas alegremo-nos porque a partir de amanhã, cada dia será maior que o
anterior e teremos mais tempo de sol. Nos meses que faltam até à esperada
explosão de vida da primavera, aproveitemos para apreciar a beleza das espécies
que florescem no inverno pois na sua sábia gestão e sentido de equilíbrio, a
natureza também se enfeita durante a época fria.
Seguindo este exemplo dotemos o nosso
jardim com algumas espécies de floração invernal e se forem autóctones, melhor
ainda! Que tal o alecrim, que além de florescer nesta altura do ano até à
primavera, também lhe poderá oferecer uma nova floração no final do verão?
No meu jardim tenho alguns e variados
cultivares de Rosmarinus officinalis, vulgo alecrim. Alguns têm porte ereto, outros são semiprostrados e outros ainda
prostrados, espalhando-se e enraizando-se pelo solo, com ramos em arco. Os meus
alecrins têm flores que vão do azul claro até ao azul quase violeta mas também
existem cultivares de flores brancas.
Os Rosmarinus
officinalis são plantas bastante tolerantes à seca e formam arbustos muito
atrativos do ponto de vista estético e sensorial, sendo muito utilizados em
arquitetura paisagista. São também resistentes às pragas e muito fáceis de
cuidar. Dão-se bem ao sol, tanto na terra como restringidos em vasos grandes,
mas devem ser aparados para evitar o crescimento excessivo e a perda de folhas
nos ramos inferiores.
Característica dos climas mediterrânicos,
Rosmarinus officinalis é uma
espécie espontânea em algumas regiões de Portugal, sendo utilizada desde longa
data como planta medicinal e condimento. Nada como uma chávena de chá de folhas
de alecrim de vez em quando, para aumentar a sensação de bem-estar!
E assim, um pouco à margem da orientação
deste blog aqui fica esta sugestão e
algumas fotos de Rosmarinus officinalis
do meu jardim, quebrando a ordem autoestabelecida, o que também sabe bem!
Feliz Natal e Bom Ano para todos, que as festas tragam o brilho e o
imaginário de que todos necessitamos para nos reciclarmos e recomeçarmos com
energias redobradas.
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