Nome comum: Trevo-morango
Retomando a serie de trevos do género
Trifolium, a espécie hoje referenciada é o chamado trevo-morango.
O nome
especifico fragiferum é um adjetivo inspirado no latim e formado com o genitivo
da palavra raramente usado no singular fragum, -i, (morango) e o adjetivo
neutro ferum (selvagem, não cultivado).
Distribuição em Portugal continental |
Trata-se de uma espécie própria de
climas temperados e que é originária da região mediterrânica, crescendo
espontaneamente em terrenos preferencialmente húmidos. Nas zonas costeiras
cresce bem em terrenos salinos ou pantanosos. Mais para o interior ocorre na
beira dos riachos, em pastagens, em solos aluviais, argilosos ou calcários
húmidos e muitas vezes em solos compactados pela pastorícia.
Distribui-se pelo sul da Europa,
sudoeste asiático, noroeste de África e alguns territórios da Macaronésia.
Trifolium fragiferum é nativa em Portugal
continental e Arquipélago da Madeira, tendo sido introduzida no Arquipélago dos
Açores
Esta espécie de trevo é frequentemente
cultivada em diferentes regiões do planeta, como forrageira, para melhorar a
pastagem e como adubo verde.
Trifolium fragiferum é uma planta perene
que forma caules decumbentes de 5 a 45 cm de cumprimento. Estes caules são
glabros ou glabrescentes e enraízam nos nós que entram em contacto com o solo.
As folhas dispõem-se nos caules de forma
alternada e estão divididas em 3 folíolos. Estes são obovados com a extremidade
aguda e ligeiramente curva e com as margens finamente dentadas.
Os pecíolos são
longos e Inserem-se nos caules através e estipulas lanceoladas e membranosas.
As inflorescências surgem na extremidade
de longos pedúnculos e são hemisféricas durante a floração mas tornam-se
globosas durante a frutificação.
Nas inflorescências agrupam-se, de forma
densa, inúmeras pequenas flores de corolas rosadas de forma tipicamente papilionácea.
As 5 pétalas que cada uma das flores apresenta, estão unidas na base formando
um tubo; a maior delas (estandarte) cobre as duas pétalas laterais
(asas) e as duas internas (quilha). Cada pequena corola é protegida por um
cálice com 5 sépalas de cor verde-acinzentada densamente coberto de pelos e com
nervação reticulada. Os estames são 10.
O nome que designa a espécie fica
devidamente justificado após a frutificação. Nessa altura o cálice de cada flor
aumenta muito, torna-se membranoso, quase escarioso, eriça-se de pelos e a infrutescência
transforma-se numa cabeça globosa, esbranquiçada ou avermelhada, quase na forma
de um morango.
Os frutos, do tipo vagem, permanecem
dentro dos cálices, são indeiscentes, com 1 a 2 sementes no seu interior.
Fotos: Abelheira/Lourinhã
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