"O grande responsável pela situação de desequilíbrio ambiental que se vive no planeta é o Homem. É o único animal existente à face da Terra capaz de destruir o que a natureza levou milhões de anos a construir"





domingo, 10 de abril de 2011

Mesembryanthemum nodiflorum L.

Flor-do-gelo
Mesembryanthemum nodiflorum é uma espécie nativa da região mediterrânica que foi naturalizada noutros continentes, sendo por vezes invasiva.
Trata-se de uma pequena planta prostrada e rastejante que forma densos tapetes como máximo de 20 cm de comprimento. Vive nas regiões costeiras, junto ao mar, de preferência em solos areno-argilosos.
Normalmente cresce junto a outra espécie rastejante a Frankenia laevis (ver página publicada em 13 de fevereiro de 2011). Ambas as espécies são halófitas, isto é, estão adaptadas às condições ambientais tendo adquirido a capacidade de acumular grandes quantidades de cloreto de sódio provenientes da salinidade marítima, que depois eliminam juntamente com os órgãos que o armazenavam. No que diz respeito à Mesembryanthemum nodiflorum ao terminar o seu ciclo vegetativo a planta morre derramando no solo os sais acumulados durante a sua vida, impossibilitando outras espécies não halófitas de colonizarem o espaço e criando condições para que as suas próprias sementes se possam desenvolver.

A Mesembryanthemum nodiflorum pertence à família das Aizoaceae que inclui plantas suculentas com forma bizarra e muito decorativas pelo colorido das inflorescências, muitas delas cultivadas como ornamentais pois são indicadas para jardins de rochas, mini-jardins e pequenos vasos.

A Mesembryanthemum nodiflorum é uma planta suculenta anual, com acumulações de sal nas células das folhas o que lhe dá uma aparência brilhante valendo-lhe por isso o nome de planta-de-gelo. As folhas são muito pequenas, carnudas, lineares, inicialmente verdes e depois púrpureas.


As flores com cerca de meio centímetro de diâmetro, são muito vistosas, solitárias ou reunidas num cacho solto. As pétalas são muito finas, de cor branca ou amarelo-pálido e mais curtas que as sépalas.
O fruto é uma cápsula que abre quando fica molhada, libertando as sementes.
Esta espécie floresce de maio a setembro.


Fotos- Caniçal/Lourinhã



2 comentários:

  1. Olá Fernanda

    Vim ter ao teu blog por causa desta planta. Tens conhecimento se esta planta existe nos Açores, em S. Miguel? Gostava de a ter :)
    Beijinhos

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  2. Olá Sónia,
    Sim, a presença desta planta foi registada em varias ilhas dos Açores. Consulta a base de dados do portal da Biodiversidade cujo endereço de envio a seguir para ficares a saber onde foi localizada:
    http://www.azoresbioportal.angra.uac.pt/listagens.php?lang=pt&sstr=4&id=F00150&dis=saomiguel

    Beijinhos
    Fernanda

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