"O grande responsável pela situação de desequilíbrio ambiental que se vive no planeta é o Homem. É o único animal existente à face da Terra capaz de destruir o que a natureza levou milhões de anos a construir"





terça-feira, 27 de março de 2018

Trifolium campestre


Nomes comuns:
Trevão; trevo-amarelo


Esta é mais uma espécie de trevos do género Trifolium.
É nativa da Europa, sudoeste asiático e noroeste africano, tendo sido introduzida em muitas outras zonas do globo onde se naturalizou. Em Portugal é nativa do território continental e do Arquipélago da Madeira mas foi introduzida nos Açores.
Esta é uma erva anual e muito bonita, que de março de setembro alegra margens dos caminhos e terrenos incultos com as suas pequenas flores globosas de um amarelo brilhante.
Trifolium campestre prospera em regiões de clima temperado, não se dando tao bem em climas secos e quentes. É muitas vezes cultivado em pastagens devido ao seu valor nutricional e à sua capacidade em fixar o azoto nos solos. É também uma erva interessante para dar estrutura aos solos.
Esta planta apresenta caules que podem atingir de 2 a 50 cm de altura. Estes são bastante pilosos pelo menos na parte superior e são geralmente eretos ou ascendentes, algumas vezes procumbentes. Estes ramificam-se com frequência e tomam um aspeto compacto.
As folhas podem ser glabras ou apresentar pelos ou cílios e dispõem-se de forma alternada nos caules e são trifoliadas, com longos pecíolos e estipulas ovadas. 
Os folíolos são ovais ou obovados, sem pelos e ligeiramente dentados ao longo das margens com nervuras retas bem visiveis.
As inflorescências surgem na axila das folhas superiores e são constituídas por cerca de 15 a 40 flores imbricadas que formam racemos globosos. Nas flores individuais o cálice é branco e membranoso com os dentes superiores mais curtos do que os outros. As pétalas são 5. A pétala superior denominada estandarte tem uma superfície externa visivelmente estriada e posiciona-se de forma envolvente em relação às restantes pétalas.
As pétalas das flores são persistentes na maturação do fruto, tornando-se acastanhadas ou quase brancas.
Cada flor produz uma única vagem que inclui 1 ou 2 sementes lisas e amareladas.

Fotos: Zambujeira/Lourinhã



quinta-feira, 8 de março de 2018

Trifolium fragiferum L.


Nome comum: Trevo-morango

 

Retomando a serie de trevos do género Trifolium, a espécie hoje referenciada é o chamado trevo-morango. 
O nome especifico fragiferum é um adjetivo inspirado no latim e formado com o genitivo da palavra raramente usado no singular fragum, -i, (morango) e o adjetivo neutro ferum (selvagem, não cultivado).
Distribuição em Portugal continental
Trata-se de uma espécie própria de climas temperados e que é originária da região mediterrânica, crescendo espontaneamente em terrenos preferencialmente húmidos. Nas zonas costeiras cresce bem em terrenos salinos ou pantanosos. Mais para o interior ocorre na beira dos riachos, em pastagens, em solos aluviais, argilosos ou calcários húmidos e muitas vezes em solos compactados pela pastorícia.
Distribui-se pelo sul da Europa, sudoeste asiático, noroeste de África e alguns territórios da Macaronésia.
Trifolium fragiferum é nativa em Portugal continental e Arquipélago da Madeira, tendo sido introduzida no Arquipélago dos Açores
Esta espécie de trevo é frequentemente cultivada em diferentes regiões do planeta, como forrageira, para melhorar a pastagem e como adubo verde.
Trifolium fragiferum é uma planta perene que forma caules decumbentes de 5 a 45 cm de cumprimento. Estes caules são glabros ou glabrescentes e enraízam nos nós que entram em contacto com o solo.
As folhas dispõem-se nos caules de forma alternada e estão divididas em 3 folíolos. Estes são obovados com a extremidade aguda e ligeiramente curva e com as margens finamente dentadas. 
Os pecíolos são longos e Inserem-se nos caules através e estipulas lanceoladas e membranosas.
As inflorescências surgem na extremidade de longos pedúnculos e são hemisféricas durante a floração mas tornam-se globosas durante a frutificação.
Nas inflorescências agrupam-se, de forma densa, inúmeras pequenas flores de corolas rosadas de forma tipicamente papilionácea. As 5 pétalas que cada uma das flores apresenta, estão unidas na base formando um tubo; a maior delas (estandarte) cobre as duas pétalas laterais (asas) e as duas internas (quilha). Cada pequena corola é protegida por um cálice com 5 sépalas de cor verde-acinzentada densamente coberto de pelos e com nervação reticulada. Os estames são 10.
O nome que designa a espécie fica devidamente justificado após a frutificação. Nessa altura o cálice de cada flor aumenta muito, torna-se membranoso, quase escarioso, eriça-se de pelos e a infrutescência transforma-se numa cabeça globosa, esbranquiçada ou avermelhada, quase na forma de um morango.
Os frutos, do tipo vagem, permanecem dentro dos cálices, são indeiscentes, com 1 a 2 sementes no seu interior.


Fotos: Abelheira/Lourinhã