"O grande responsável pela situação de desequilíbrio ambiental que se vive no planeta é o Homem. É o único animal existente à face da Terra capaz de destruir o que a natureza levou milhões de anos a construir"





quinta-feira, 8 de março de 2018

Trifolium fragiferum L.


Nome comum: Trevo-morango

 

Retomando a serie de trevos do género Trifolium, a espécie hoje referenciada é o chamado trevo-morango. 
O nome especifico fragiferum é um adjetivo inspirado no latim e formado com o genitivo da palavra raramente usado no singular fragum, -i, (morango) e o adjetivo neutro ferum (selvagem, não cultivado).
Distribuição em Portugal continental
Trata-se de uma espécie própria de climas temperados e que é originária da região mediterrânica, crescendo espontaneamente em terrenos preferencialmente húmidos. Nas zonas costeiras cresce bem em terrenos salinos ou pantanosos. Mais para o interior ocorre na beira dos riachos, em pastagens, em solos aluviais, argilosos ou calcários húmidos e muitas vezes em solos compactados pela pastorícia.
Distribui-se pelo sul da Europa, sudoeste asiático, noroeste de África e alguns territórios da Macaronésia.
Trifolium fragiferum é nativa em Portugal continental e Arquipélago da Madeira, tendo sido introduzida no Arquipélago dos Açores
Esta espécie de trevo é frequentemente cultivada em diferentes regiões do planeta, como forrageira, para melhorar a pastagem e como adubo verde.
Trifolium fragiferum é uma planta perene que forma caules decumbentes de 5 a 45 cm de cumprimento. Estes caules são glabros ou glabrescentes e enraízam nos nós que entram em contacto com o solo.
As folhas dispõem-se nos caules de forma alternada e estão divididas em 3 folíolos. Estes são obovados com a extremidade aguda e ligeiramente curva e com as margens finamente dentadas. 
Os pecíolos são longos e Inserem-se nos caules através e estipulas lanceoladas e membranosas.
As inflorescências surgem na extremidade de longos pedúnculos e são hemisféricas durante a floração mas tornam-se globosas durante a frutificação.
Nas inflorescências agrupam-se, de forma densa, inúmeras pequenas flores de corolas rosadas de forma tipicamente papilionácea. As 5 pétalas que cada uma das flores apresenta, estão unidas na base formando um tubo; a maior delas (estandarte) cobre as duas pétalas laterais (asas) e as duas internas (quilha). Cada pequena corola é protegida por um cálice com 5 sépalas de cor verde-acinzentada densamente coberto de pelos e com nervação reticulada. Os estames são 10.
O nome que designa a espécie fica devidamente justificado após a frutificação. Nessa altura o cálice de cada flor aumenta muito, torna-se membranoso, quase escarioso, eriça-se de pelos e a infrutescência transforma-se numa cabeça globosa, esbranquiçada ou avermelhada, quase na forma de um morango.
Os frutos, do tipo vagem, permanecem dentro dos cálices, são indeiscentes, com 1 a 2 sementes no seu interior.


Fotos: Abelheira/Lourinhã


Sem comentários:

Enviar um comentário