"O grande responsável pela situação de desequilíbrio ambiental que se vive no planeta é o Homem. É o único animal existente à face da Terra capaz de destruir o que a natureza levou milhões de anos a construir"





terça-feira, 15 de março de 2011

Lagurus ovatus

Rabo-de-lebre

A Lagurus ovatus vulgarmente conhecida como Rabo de Lebre, é uma gramínea facilmente identificável pelas suas cabeças florais em forma de espiga, suaves e fofas como a cauda de um coelho ou lebre. É muito utilizada como planta ornamental, em jardineiras e vasos por ser uma planta muito decorativa. Depois de seca, faz lindos arranjos florais.

É uma espécie nativa da região mediterrânica e vive nos areais, margens de caminhos e terrenos incultos. Nos sistemas dunares são mais frequentes no interior da duna frontal.

É uma planta de ciclo anual, que pode ir dos 10 aos 40 cm de altura, herbácea e ereta, com caules cilíndricos e ocos, com nós engrossados, nos quais se inserem as folhas. Os ramos possuem pelos fracos e densos e podem ser simples ou ramificados nos nós inferiores.

 As folhas colocam-se em roseta na base e são planas, com uma forma tendencialmente linear e com nervuras paralelas. 


Pormenor da articulação da folha. Foto de Zeynel Cebeci
Fonte Wikimedia commons
Estas folhas, cobertas por pelos sedosos, têm uma morfologia muito característica: a parte mais próxima do ponto de inserção forma uma bainha que envolve parte do caule, a qual termina no limbo foliar. Na articulação entre estas duas partes existe um prolongamento em forma de membrana a que se chama lígula.




Fonte Wikimedia commons. Pormenor da foto de MurielBendel
As inflorescências são densas, peludas e sedosas, de forma oval, de cor verde pálido no inicio e depois de cor creme esbranquiçado. Abrem no topo de um longo pedúnculo e são panículas, sendo assim designadas porque o comprimento dos ramos do agrupamento de flores decresce da base para o ápice dando-lhe a característica forma oval. As panículas são constituídas por espiguetas que conforme o nome indica são pequenas espigas geralmente com varias flores muito reduzidas.

As espiguetas são ligeiramente comprimidas lateralmente e desprendem-se na maturação juntamente com a parte superior do pedúnculo. As flores das espiguetas são protegidas por várias séries de brácteas (glumas, lemas, páleas) mas com perianto reduzido a 2 ou 3 escamas (lodículas).

A floração dá-se entre os meses de março e junho.

Os frutos são pequenos, oblongos e sem pelos.

A Lagurus ovatus pertence à família das Poaceae (gramineae) que compreende mais de 10.000 espécies, espalhadas por todos os continentes. No que diz respeito à economia mundial esta família botânica é a mais importante de todas as famílias pois inclui muitas espécies de cereais que são a base da alimentação humana, quer por via direta quer através de forragens.
A família das Poaceae divide-se em cerca de 670 géneros. A Lagurus ovatus pertence ao género Lagurus. Poder-se-á, à primeira vista, confundir com espécies de outros géneros da mesma família como é o caso do género Polypogon, cujas folhas também estão cobertas por pelos sedosos. No entanto as espécies deste género têm uma inflorescência mais comprida e de cor verde ou avermelhada e vivem em lugares húmidos enquanto que os Lagurus se encontram em locais bem mais secos.
Seguem-se imagens de uma espécie do género Polypogon que nos permitem constatar a diferença das espécies do género Lagurus:

Polypogon monspeliensis
Fonte Wikipedia
Foto do esquerda de Javier martin
Foto da direita de Philipp Weigell

Fotos do blog - Areal Sul / Areia Branca-Lourinhã



2 comentários:

  1. eu utilizei citações do vosso trabalho, mas indicei que retirei do vosso trabalho

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    1. Boa tarde,
      Agradeço a mensagem, mas seria conveniente saber o link onde as citações referidas foram utilizadas. Poderia dar-me essa informação, por favor? Desde já agradeço.

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