Cardo-dos-cachos; Cardol; Espinho-de-cabeça
Tal como a maioria dos chamados “cardos” (ver aqui) a Carlina corymbosa pertence à família das Asteraceae/Compositae; está incluida no género Carlina o qual é constituído por várias espécies de plantas espinhosas, de flores amarelas dispostas em capítulo, com recetáculo discoide.
A Carlina corymbosa é uma planta de carácter mediterrânico e que cresce preferencialmente na beira dos caminhos, terrenos incultos e zonas secas, sendo-lhe indiferente o tipo de solo. Distribui-se pelo sul da Europa e norte de África.
A Carlina corymbosa é uma planta perene provida de um rizoma, ou seja, um caule subterrâneo surpreendentemente grosso e profundo, do qual despontam as raízes.
Os caules, geralmente ramificados na parte superior, são eretos e de altura muito variável, podendo ir dos 10 aos 50 cm.
As folhas, sem pecíolo, são coriáceas, de forma lanceolada, muito recortadas e de margens dentadas, fortemente armadas de espinhos; as folhas basais dispõem-se em roseta, as caulinares de forma alternada.
Da forma que caracteriza as espécies da família das Asteraceae/Compositae, as flores de Carlina corymbosa são inúmeras mas muito pequenas e estão reunidas num receptáculo em forma de disco, o que dá ao conjunto o aspeto de um malmequer.
Esquema do capítulo da Carlina corymbosa |
Na maioria das espécies da família das Asteraceae/Compositae, devido a uma economia de esforços, as flores do centro do disco/recetáculo são curtas e tubulares enquanto que as da periferia se prolongam em lígulas, em forma de pétalas. No entanto, na Carlina corymbosa todas as pequenas flores são tubulares e compridas.
Todas as flores que formam os capítulos são formadas por um tubo que se abre para o exterior por 5 lóbulos, formando minúsculas estrelas.
O conjunto de flores reunidas no capítulo está protegido por um invólucro composto por 3 tipos de brácteas retas (não curvadas), dispostas em estrela e que são a característica mais interessante deste género:
ü Brácteas interiores , semelhantes a lígulas (pétalas), longas e pontiagudas, de textura membranosa e de cor dourada;
ü Brácteas médias, coriáceas, quase lenhosas e de cor acastanhada;
ü Brácteas exteriores, semelhantes a folhas.
A Carlina corymbosa floresce e frutifica de finais de junho a agosto. Os frutos são pequenas cipselas com papilho de plumas, os quais são disseminados pelo vento.
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