A Galactites tomentosa é mais uma espécie relacionada com os chamados “cardos”. Pertence à família Asteraceae/Compositae e é a espécie mais conhecida do género Galactites, o qual se distribui pela região mediterrânica e sudoeste da Europa.
A Galactites tomentosa é uma planta herbácea anual ou bianual que resulta da germinação de sementes propagadas pelas plantas da mesma espécie, nos anos anteriores. Por vezes é cultivada como planta ornamental.
Na natureza encontra-se facilmente em terrenos cultivados ou incultos, terrenos pedregosos ou remexidos pelo Homem e beiras dos caminhos. No essencial e seguindo o exemplo de outras espécies aparentadas, é uma planta nitrófila, assim classificada porque prefere os solos com alto teor de matéria orgânica por serem muito ricos em azoto/nitrogénio, do qual são “gulosas” (embora este componente seja essencial para que todas as plantas desenvolvam as suas estruturas, há muitas espécies que se contentam com menos…).
A Galactites tomentosa pode ir dos 20 aos 80 cm de altura. Os caules são rígidos, eretos, espinhosos, ramificados na parte superior e cobertos de um denso tomento de pelos curtos e brancos. Aliás toda a planta é tomentosa, tal como indica o seu nome específico. O nome do género Galactites deriva do grego”gala” que significa leite e que se refere à sua seiva esbranquiçada.
Os caules nascem a partir de uma roseta de folhas basilares que desaparece no decorrer do desenvolvimento da planta. As folhas caulinares dispõem-se de forma alterna. Todas as folhas são lobuladas, com segmentos espinhosos, sendo de cor verde escuro brilhante na página superior, com nervuras brancas, bem visiveis; na página inferior as folhas estão cobertas de densos pelos brancos.
As flores, da forma característica da família das Asteraceae/Compositae, reunem-se em capítulos os quais têm tamanho médio, forma ovoide, pedúnculo curto e são muitas vezes solitários.
As flores são de cor rosa ou lilás, havendo no entanto alguns exemplares, raros, que apresentam flores brancas, o que no caso da Galactites tomentosa é um caso de albinismo, o qual se deve a uma anomalia fisiológica que resulta numa diminuição ou ausência dos pigmentos da corola.
Todas as flores que formam o capítulo são tubulares sendo o tubo formado por cinco pétalas unidas; as que se encontram no centro do disco são pequenas e apresentam órgãos masculinos e femininos funcionais.
Os invólucros estão envolvidos por pelos esbranquiçados, semelhantes a teias de aranha e as brácteas que os constituem são imbricadas, isto é, dispõem-se em três camadas tal como as telhas de um telhado, terminando as médias e exteriores em espinhos eretos e bem visíveis.
Fotos: Caniçal e Serra do Calvo/Lourinhã
Só hoje descobri este encanto,vindo de "As minhas Plantas".
ResponderEliminarVoltarei com prazer e interesse.
A borboleta é uma "Colias croceus",vulgo Maravilha.
Cordialmente,
mário
Mário,
ResponderEliminarObrigada pela visita e pela preciosa informação.
Cumprimentos
Fernanda
Boa tarde,as folhas são comestíveis?
ResponderEliminarObrigado