Nome vulgar: ROSELHA
O Cistus crispus conhecido
popularmente como Roselha pertence à família das Cistaceae. Esta família, que
engloba cerca de 250 ervas e pequenos arbustos, é característica das regiões
mediterrânicas e Norte de África. Em Portugal distribui-se por quase todo o
país com exceção das regiões montanhosas do nordeste e centro interior.
Esta planta está perfeitamente adaptada aos solos pobres e aos
períodos secos prolongados das regiões onde vive, principalmente charnecas,
matos e pinhais.
Os pequenos arbustos de Cistus crispus são de cor
verde acinzentado devido a um indumento esbranquiçado de pelos estrelados,
misturados com pelos simples compridos, que existem nas suas folhas. A presença
destes pelos é uma
adaptação característica do clima mediterrânico e que tem como função principal
evitar a perda de água.
O Cistus crispus forma moitas
baixas e compactas, muito ramificadas e de contorno arredondado, atingindo de
30 a 50 cm de altura e 1 m de diâmetro. Os ramos são ascendentes e algo
tortuosos.
As folhas simples, elípticas, rugosas e onduladas são persistentes, pelo que o Cistus crispus continua a
ser um arbusto decorativo mesmo durante o inverno.
As flores, de 5 pétalas com cerca de 3 a 4 cm de diâmetro, são de um belo tom rosa, com numerosos estames de cor dourada. São hermafroditas pois possuem ao mesmo tempo órgãos de reprodução femininos e masculinos funcionais. Apresentam-se solitárias ou em grupo, no cimo dos ramos. O cálice tem 5 sépalas nervuradas e densamente cobertas de pelos, sendo 3 muito maiores do que as restantes.
As flores, de aspeto delicado, apresentam-se sempre enrugadas, parecendo ter sido feitas em papel de seda amachucado. São de muito curta duração, não durando mais do que um dia, no entanto dado que a planta floresce de forma contínua, as moitas mantêm-se cobertas de flores de abril a junho.
O Cistus crispus produz um fruto seco tipo cápsula, peluda só no topo.
O Género CISTUS
São plantas que ocorrem naturalmente em solos pobres e bem drenados, algumas mais frequentes em solos ácidos e outras em solos alcalinos. Preferem os locais solarengos. Devido à sua beleza decorativa e por serem espécies fortemente aromáticas, várias espécies foram hibridadas e são utilizadas em jardinagem. São plantas muito pouco exigentes. Preferem solos leves e pobres em matéria orgânica, portanto não devem ser fertilizados nem adubados. Muitas espécies dependem de ligações simbióticas a micorrizas (fungos do solo) pelo que o seu cultivo em vasos durante muito tempo pode ser problemático. Devem ser colocados em locais bem drenados, e os solos argilosos devem ser aligeirados com areia.São normalmente arbustos baixos mas a forma varia de espécie para espécie, tendo normalmente os híbridos utilizados em jardinagem, formas harmoniosas.
Fotos - Caniçal/Areia Branca - Lourinhã
Espécie relacionada: Veja Halimium halimifolium
Fotos - Caniçal/Areia Branca - Lourinhã
Espécie relacionada: Veja Halimium halimifolium
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