"O grande responsável pela situação de desequilíbrio ambiental que se vive no planeta é o Homem. É o único animal existente à face da Terra capaz de destruir o que a natureza levou milhões de anos a construir"





domingo, 13 de fevereiro de 2011

Frankenia laevis

Encontrei vários exemplares de Frankenia laevis na primeira linha das arribas do Caniçal. Esta planta delicada, é tão rasteira e de folhas tão pequenas e finas que quase passa despercebida, tanto mais que a sua folhagem adquire alguns tons de púrpura, que por vezes se confundem com a cor do solo argiloso.

A Frankenia laevis pertence à família das Frankeniaceae, que inclui apenas o género Frankenia. No entanto, este género divide-se em muitas espécies, por vezes muito semelhantes entre si e difíceis de distinguir à primeira vista.
É uma planta perene, de porte prostrado, com caules de cerca de 40 a 50 cm de comprimento, muito ramificados sendo os ramos secundários longos e encurvados. São quase sempre desprovidos de pêlos.
As folhas, de 3 a 7 mm, têm margens fortemente revolutas, isto é, são arqueadas para fora. São estreitas, de forma linear, sem pecíolo, podendo apresentar alguns pêlos finos e pouco densos, dificilmente visíveis à vista desarmada.
As flores são delicadas, com 5 a 6 mm de diâmetro. Não têm pedicelo ligando-se directamente ao eixo de suporte. São geralmente solitárias e estão espalhadas pelos extremos dos raminhos. São de cor rosa-claro ou violeta.
A Frankenia laevis ocorre em habitats costeiros da costa atlântica, sendo mais rara nas regiões orientais mediterrânicas. A floração inicia-se durante o mês de Abril e prolonga-se até ao final do Verão.
Esta planta de aspecto delicado é o que se chama em botânica um halófito, ou seja, é uma planta que gosta de solos fisiologicamente secos e com grande concentração de sais, principalmente cloreto de sódio. Na realidade, podemos comprová-lo ao observar as crostas de sal que se formam nas suas folhas e ramos.
Podemos concluir que esta planta é um bom exemplo de adaptação aos ventos marinhos carregados de partículas de sal, nas zonas costeiras.

Fotos: Arribas do Caniçal/Lourinhã



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