Couve-marinha; Soldanela
Podemos
encontrá-la em quase todos os continentes, em zonas costeiras de clima
temperado, coabitando com outras plantas psamófilas. Na nossa costa partilha o
seu habitat com plantas como Otanthus
maritimus, Medicago marítima, Eryngium maritimum, Pancratium maritimum e
Ammophila arenaria, entre outras.
A Calystegia soldanella,
incluída na família das Convolvulaceae, pertence ao género Calystegia o qual inclui 25 espécies. As espécies deste género
podem ser confundidas com o género Convolvulus,
da mesma família, ao qual muito se assemelham.
As espécies do género Calystegia são alimento preferencial,
senão exclusivo, para as larvas de algumas borboletas.
A Calystegia soldanella é uma planta perfeitamente
adaptada às duras condições existentes no meio onde cresce, exposta aos ventos
fortes e carregados de partículas de sal, às amplitudes térmicas muito acentuadas,
com luminosidade excessiva e escassez de água e nutrientes. Para sobreviver
neste meio adverso a planta desenvolveu a forma prostrada, com raízes muito
profundas para poder captar água em profundidade.
Esta é uma planta herbácea e vivaz cuja parte aérea se renova anualmente,
na primavera, a partir de um rizoma subterrâneo, rico em nutrientes. O rizoma é
levemente cilíndrico, grosso e ramificado e cresce de forma horizontal, tendo a
capacidade de produzir touceiras que dão origem a novas plantas. Esta forma de
propagação vegetativa permite que a planta se reproduza mesmo que uma época
desfavorável não lhe permita a produção de sementes.
Os caules são rastejantes, ramificados e de seção poligonal; quando
feridos ou cortados segregam um líquido leitoso chamado latex que serve como
acelerador na cicatrização.
Devido às movimentações das areias provocadas
essencialmente pelos ventos, muitas vezes os caules da Calystegia soldanella encontram-se enterrados no solo.
As flores,
muito atrativas, são polinizadas por insetos. Crescem solitárias nas axilas das
folhas, no topo de um pedúnculo comprido, com 2 bracteolas grandes e ovadas, de
cor verde pálido.
As bracteolas estão inseridas no pedicelo, envolvendo as 5 sépalas
ovadas, de margens sobrepostas, que formam o cálice da flor, característica
que diferencia a Calystegia soldanella
de outras espécies semelhantes,
do género Convolvulus, em que as brácteas se dispõem abaixo do cálice.
A corola,
grande e de forma afunilada, é formada por 5 lóbulos soldados, de coloração
rosada com veios médios esbranquiçados, formando uma estrela no interior da
flor.
Na prefloração a corola apresenta-se retorcida.
A planta
possui órgãos reprodutores femininos e masculinos. Os 5 estames, produtores de
pólen, estão inseridos na base da corola e apresentam filamentos compridos que
terminam em anteras de forma alongada.
O conjunto dos
órgãos do pistilo (ovário, estilo e estigma) repousam sobre os nectários de
coloração amarela onde é segregado e armazenado o néctar que se destina a
atrair os insetos polinizadores. O estilo, comprido e de cor branca, termina em
dois estigmas grossos, da mesma cor.
A Calystegia soldanella floresce e frutifica de abril a julho.
O fruto é uma capsula esférica ou ovoide formada por duas valvas que contêm 3 ou 4 sementes duras, escuras e lisas.
Olá Fernanda,
ResponderEliminarTenho uma surpresa para si no meu blog:
http://refreshandplay.blogspot.pt/2012/05/liebster-blog-award.html
beijinhos.
Olá Adriana, muitos parabéns pelo prémio que lhe foi atribuído.
EliminarTambém fico muito feliz que tenha indicado o nome do meu blog para este prémio, e aqui fica o meu agradecimento. A ideia deste prémio parece ser muito interessante, chamando a atenção para blogs que de outra forma possam passar algo despercebidos na vastidão da blogosfera. É também uma forma de intercâmbio que pode eventualmente multiplicar as possibilidades de acesso a novos seguidores. A forma como cada autor aproveita o “seu tempo de antena” contribuindo para a divulgação e conhecimento, fará o resto…
Beijinhos