Pervinca,
pervinca-maior, congoça, congonha, congossa, congossa-maior, congoxa
O género Vinca, vulgarmente conhecido como Pervinca, pertence à familia das Apocynaceae.
São geralmente plantas
vivazes,
herbáceas ou
arbustivas,
mais ou menos resistentes, rastejantes ou de postura ereta, e que dão origem a delicadas flores
que florescem
continuamente
da primavera ao outono,
dependendo da espécie. Em Portugal é possível encontrar algumas espécies
indígenas e outras naturalizadas.
A
espécie Vinca major, pertencente ao género Vinca, é nativa do sudoeste europeu, noroeste de África e sudoeste
asiático, mas hoje em dia podemos encontrá-la amplamente naturalizada noutras
zonas temperadas do globo. Em Portugal cresce espontaneamente nas regiões do
norte e do centro, em bosques e florestas, margens dos riachos, beira dos
caminhos, preferindo os lugares de solo calcário e argiloso; gosta mais dos
lugares sombrios mas também a podemos encontrar em pleno sol, desde que as
raízes encontrem a humidade de que necessitam.
A
Vinca major é uma planta de hábito prostrado; sempre que tenha espaço cresce
rente ao solo formando densos tapetes verdes mas também pode trepar muros ou acompanhar
declives, juntamente com outras plantas, sem no entanto se apoiar nelas.
Os caules
são longos e através deles a planta espalha-se formando raízes nos pontos em
que eles tocam no solo. Desta forma a planta cria largas colónias podendo
tornar-se invasora.
A
Vinca major é uma espécie muito apreciada e cultivada em jardins, como
cobertura de solo, tanto mais que se dá bem tanto na sombra como ao sol e se
desenvolve rapidamente. Convém fazer-lhe uma poda drástica pelo menos uma vez
por ano não só para lhe restringir o crescimento mas também para que a manta
vegetal se mantenha com aspeto denso e floresça bem. Caso não se faça este
corte de forma regular os caules têm a tendência para crescerem em
demasia, com as folhas muito espaçadas, ficando com aspeto nú e
enfraquecido.
Se
gostarmos da planta mas não quisermos que se desenvolva em grandes extensões,
com um pouco de persistencia e podas drásticas podemos restringir-lhe o
crescimento de modo a que não ultrapasse o tamanho desejado, tal como eu fiz no
recanto mais ventoso do meu jardim.
As flores têm orgãos reprodutores femininos
e masculinos funcionais; os estames sao 5 e desenvolvem-se
juntamente com o tubo da corola a qual é formada por 5 pétalas simétricas soldadas na base formando um tubo com o
centro branco.
O cálice tem 5 sépalas de forma linear e bem abertas e as margens têm pelos finos.
O
fruto divide-se em dois folículos de cor verde, depois acastanhada, que se abrem naturalmente
quando maduros, libertando numerosas sementes.
A
Vinca major pode ser confundida com outra espécie do mesmo género, a Vinca minor, pois
são idênticas diferindo basicamente no tamanho das folhas e das flores,
conforme os respectivos nomes cientificos dão a entender.
No entanto podemos
diferencia-las também através de outros pormenores: as folhas da Vinca minor
não têm pelos nas margens, ao contrario da Vinca major e as flores da Vinca
minor são assimétricas enquanto que as flores da Vinca major são simétricas.
Tanto
a Vinca major como a Vinca minor possuem propriedades medicinais importantes
pois contêm alcaloides (vinvamina e vincina) largamente utilizados pela industria
farmaceutica para fazer vários
medicamentos, entre as quais medicamentos usados em quimioterapia. Estas duas espécies
são também utilizadas em medicina tradicional principalmente no combate a
problemas neurológicos, como vasodilatador e auxiliar da memória, devido às
suas propriedades oxigenadoras. Geralmente usam-se as folhas para fazer
infusões ou pomadas, estas usadas em problemas de pele. No entanto é de notar
que estas plantas são muito tóxicas pelo que a sua ingestão deve ser muito
moderada e com a supervisão adequada.
Há
ainda uma outra espécie, a Catharanthus roseus que pode originar alguma confusão com as espécies atrás
mencionadas, a qual embora pertença à mesma familia, é de
um género diferente. É uma espécie nativa de Madagascar, vulgarmente conhecida
como Vinca ou Pervinca de Madagascar e que foi introduzida em Portugal, sendo
utilizada como planta ornamental. Geralmente apresenta-se em diversos tons de
rosa. Esta espécie contém alcaloides que são usados como anti- inflamatório e
também no tratamento de alguns tipos de cancro. Esta planta tem ainda
potencial terapêutico no tratamento da doença de Alzheimer, segundo descobriu uma equipa de cientistas da
Universidade do Porto. Esta é também uma espécie tóxica.
Olá Fernanda,
ResponderEliminarO seu cantinho das suculentas está lindo!
Lancei um concurso no meu blog, não se esqueça de participar!
http://refreshandplay.blogspot.pt/2012/03/giveaway-novo-catalogo-das-tintas-cin.html
Olá Adriana,
EliminarJá tinha visto o seu concurso/give away pois sou seguidora do seu blog e estou sempre ansiosa por novos posts.Obrigada por me relembrar.
Beijinhos
Muito boa as informações
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